A cultura sobrevive em tempos de guerra? A arte e a música são historicamente formas poderosas de resistência e expressão em zonas de conflito. O painel revela como, em meio ao caos da guerra, a criatividade floresce como um alicerce de esperança e superação. Em contextos de violência, artistas encontram nas sonoridades e nas imagens uma maneira de comunicar suas emoções, resistir e reconstruir suas identidades. Fundadora do projeto In Place of War, Ruth Daniel destaca como a música e as artes desempenham papel essencial no auxílio às populações afetadas por conflitos, criando espaços de cura e reflexão. Clayton Nascimento, ator e escritor, traz sua vivência em narrativas que abordam a dor – como a que ele externou na consagrada peça ‘Macacos’, escrita, dirigida e protagonizada por ele. A escritora e educadora Maria Vilani, mãe de Criolo e figura importante do bairro do Grajaú, em São Paulo, compartilha sua experiência de sensibilização e conscientização sobre os efeitos de conflitos nas comunidades. Natália Ventura, do Fábricas de Cultura, amplia a discussão sobre a importância da cultura em áreas periféricas e em situações de vulnerabilidade, reforçando o poder da arte como resistência e transformação social. Juntas, essas vozes oferecem uma ampla análise da relação entre som, emoções e a arte em tempos de destruição, enfatizando a resiliência humana diante do impossível.