A economia do cuidado, frequentemente invisível e subvalorizada, é essencial para o bem-estar coletivo, envolvendo atividades relacionadas ao cuidado de crianças, idosos, doentes e o trabalho doméstico. Histórica e culturalmente, essas funções têm sido predominantemente atribuídas às mulheres, em contraste com a estrutura masculina do trabalho, que se caracteriza pela divisão de gênero no mercado de trabalho formal. Esse painel propõe uma reflexão sobre os desafios que emergem dessa desigualdade, analisando as implicações sociais, econômicas e políticas dessa divisão. O debate visa questionar como podemos repensar as estruturas de trabalho e políticas públicas para garantir que o cuidado seja valorizado e redistribuído de forma mais justa, sem perpetuar os estereótipos de gênero. Como, então, podemos construir um futuro em que o cuidado e o trabalho sejam reconhecidos e equilibrados em uma sociedade mais igualitária? Este painel busca lançar luz sobre alternativas para um novo modelo econômico e social, que considere a equidade de gênero, a sustentabilidade e o bem-estar coletivo.